terça-feira, 26 de julho de 2011

Boom imobiliários no Rio de Janeiro

Com o anúncio de que o Rio de Janeiro seria a sede das Olimpíadas de 2016 e da Copa do Mundo de 2014 o mercado imobiliário do Rio de Janeiro supervalorizou. Soma-se a isto ainda a implantação das Unidades de Policiamento Preventivo (UPP) nas favelas do Rio. De olho no faturamento que as Olimpíadas irão gerar para o Brasil, muitos investidores estrangeiros concentram-se no mercado imobiliário do Rio de Janeiro. Apesar de áreas como Ipanema estarem entre os mais populares, estas são áreas de pouco retorno na apreciação do capital. Por isso, os investidores estão apostando em áreas que apresentam grandes potenciais como São Cristóvão e a Quinta da Boa Vista. As imobiliárias e construtoras investem forças em suprir as classes mais baixas e não têm se arrependido.

Ainda segundo o Secovi-Rio, www.secovirio.com.br, o Estado do Rio de Janeiro irá receber no período 2011-2013 investimentos públicos e privados que somam R$ 181,4 bilhões, 70% a mais que no período 2010-2012. Do total, 75% correspondem a investimentos industriais. Destes investimentos previstos para o triênio, R$ 11,5 bilhões serão relacionados aos Jogos Olímpicos e à Copa do Mundo, dos quais R$ 5,8 bilhões já foram detalhados pelos setores públicos e privados, incluindo hotéis, investimentos em infraestrutura e reforma/construção de aparelhos olímpicos. Mas não só os imóveis residenciais estão em alta. Segundo o site da Prefeitura do Rio de Janeiro, www.rio.rj.gov.br, "para estimular a ampliação da rede hoteleira, estão previstos no conjunto de leis benefícios fiscais para a construção e funcionamento de hotéis, pousadas, resorts e albergues na cidade. Também serão concedidos incentivos para hotéis-residência situados exclusivamente na região portuária e no centro. Para favorecer a conversão de imóveis já existentes para o uso hoteleiro, a nova legislação permite a remissão de dívidas de IPTU. Será garantida ainda a isenção de IPTU durante a fase de construção ou reforma do imóvel, além de reduzir a alíquota de ISS para serviços de construção. 

"Em 29/4/11 foi veiculado matéria no site da Prefeitura do Rio de Janeiro informando que "o governo do Estado do Rio de Janeiro está em negociação com o Tesouro Nacional para tentar emitir títulos de dívida estadual no exterior para financiar investimentos em infraestrutura voltados para a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos". O governador Sérgio Cabral é o responsável pela negociação e atesta que "tem uma capacidade fiscal de R$ 9,5 bilhões em 2007, 2008 e 2009, mas contraí, até agora, menos de 50% desse valor, por conta da burocracia, da dificuldade de organismos nacionais e internacionais" e ainda completa: "a partir do momento em que recebesse a permissão para emitir bônus, o Estado do Rio teria a capacidade de realizar um lançamento no valor de US$ 1 bilhão em menos de uma semana. Uma possibilidade seria, inclusive, utilizar o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) como uma espécie de hedge para a emissão. 

"Devido à proximidade com os locais de competição, bairros como Barra da Tijuca, centro, Deodoro, Jacarepaguá, Maracanã e Tijuca tiveram valorização dos preços de locação dos imóveis de 20% a 152%, menos de seis meses após o anúncio do Comitê Olímpico Internacional, segundo o Secovi-RJ. O corredor olímpico, entre a Barra da Tijuca e o Recreio, valorizou 50% em 2010. E, de 6 mil unidades a serem construídas na Barra, este ano, a entidade estima 2,5 mil nesse trecho. Segundo o diretor Executivo da Brookfield Incorporações, Luiz Fernando Moura, "é o boom imobiliário que precede os grandes eventos esportivos". Para ele, o Estado do Rio de Janeiro entrou em um "círculo virtuoso de investimentos em infraestrutura". Portanto, sediar os Jogos Militares, Olimpíadas e Copa cria um cenário propício ao investidor que lucra ao estabelecer negócios no Rio de Janeiro.

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